sexta-feira, 12 de julho de 2013

LIBRAS: Orientações sobre a Língua Brasileira de Sinais

Sou uma admiradora e aluna iniciante da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Como qualquer outra língua, a Libras exige dedicação, empenho e prática. Não tenho contato frequente com surdos, o que dificulta meu aperfeiçoamento. Mas, apesar das dificuldades, como a falta de cursos ou de "surdos disponíveis para praticar" em minha cidade, não vou desistir. Num futuro bem próximo registrarei aqui o resultado positivo do meu aprendizado aprofundado.
Curtam abaixo um pouco de orientações para os curiosos da Libras.
 

Esperança

                    Gosto de escrever sempre que tenho uma inspiração.
              Hoje acordei com vontade de escrever sobre a esperança. Parece uma palavrinha simples, mas com um grande significado.
              A esperança é o combustível que nos impulsiona no dia-a-dia. Não planejamos ou fazemos algo se não houver a esperança de um resultado. Para eu alcançar o objetivo no meu final do dia (trabalhar, fazer as tarefas de casa, voltar para casa, etc.) eu preciso acreditar que tudo vai dar certo. Se isso vai ou não acontecer, é uma outra história, mas a esperança está lá, na vontade de que eu vencerei todos os desafios que "aquele dia" me propuser.
                Ao pensarmos mais longe um pouco, podemos planejar, por exemplo, uma ascensão profissional, seja na mesma empresa ou em outra, e para isso nos preparamos esforçando mais, estudando, adquirindo experiências, na esperança de que poderemos melhorar nosso lado profissional.
               E tantas coisinhas no nosso cotidiano: se há uma doença, esperamos ser curados; se há uma tristeza, esperamos o mais breve possível um motivo para nos fazer alegres; se há uma distância, esperamos o quanto antes diminui-la... A esperança está implícita nos nossos anseios, nas nossas intenções, nos nossos desejos. E é ela o nosso carro-chefe para alcançarmos o que almejamos.
                O personagem bíblico Jó perdeu tudo o que tinha, amaldiçoou o dia em que nasceu, sentiu-se desprezado por Deus, mas sua esperança n'Ele foi o que não o deixou sucumbir. Jó sabia que o único capaz de tirar e tornar a dar era Deus, por isso sua esperança o fez permanecer firme até a reversão de seu estado, e por ela - a esperança - Deus lhe concedeu tudo em dobro.
                Podemos presumir que a esperança é uma dádiva de Deus. Ele nos deu para não desfalecermos. A esperança nos dá sentido às coisas da vida, nos faz acreditar que há coisas boas, e que podemos alcançá-las. Ousaria até dizer: tirem de mim meus bens, mas não tirem minha esperança, pois sem ela as coisas dessa vida não tem sentido.
 
"Ó minha alma, espera somente em Deus; dele vem a minha esperança" (Sl 62:5).
 
"Alegrai-vos na esperança,
sede pacientes na tribulação (...)"
Rm 12:12

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Minha opinião: Livro Os Miseráveis - Victor Hugo

       
 
        Acabei de ler o "Segundo Livro - Fantine", de Os Miseráveis, de Victor Hugo. Eu não podia deixar de expor meu sentimento a respeito de sua história, pois ela nos mostra o lado perverso da sociedade, que julga, condena e exclui seus considerados "culpados" sem, às vezes, dar-lhes a chance de se defender. 
         É incrível como ele descreve a situação a que pode chegar um ser humano após o desprezo daqueles que deveriam ser seus irmãos, que deveriam tratá-lo com dignidade, socorrê-lo diante das suas necessidades. O fim a que chega um miserável, desesperado por não ter como prover alimento aos seus e vê-los sofrerem com a fome em tempos de inverno rigoroso...
         O conflito entre os limites da razão humana: o homem de bem, aqui, dá lugar ao instinto animal de sobrevivência. O que fazer diante de uma sociedade que não se importa com o miserável que precisa alimentar muitas bocas sem ter nenhuma condição? Como raciocinar ao ver chorar de fome aqueles a quem amamos e não ter viv'alma para estender um pão ou um copo de leite?
         É lastimável vermos que a história contada por Victor Hugo não se deu apenas em seu tempo, mas sempre houve em toda a existência da sociedade.
         D. Bienvenu, Bispo de Digne, é o exemplo do amor desprendido de qualquer posse ou luxúria. Sua crença em um Deus bom e justo o leva a viver para o outro, sem sentimentos preconceituosos de qualquer espécie. Sua vida simples desperta naqueles que o encontram uma reflexão sobre as pequenas coisas que nos dão felicidade, o que para ele se resumia em ser solidário especialmente aos marginalizados. 
         Nosso tempo nessa vida é muito curto, comparado à eternidade que teremos após nossa morte física. Uma nova e maravilhosa terra está preparada para os que não se deixaram corromper pelas maldades, pelo desprezo ao próximo, pela crueldade. Que possamos encontrar o rumo certo para essa Eternidade, livre de fome, de miséria e de sofrimento.